Há um mês (mais ou menos), eu e a Ju estávamos na 25 de março procurando algumas coisas variadas para festa de casamento e uma das coisas que mais me chocou foram os topos de bolo - sabe aqueles noivinhos feitos de biscuit?
Claro que havia uma grande variedade de tipos e poses, mas a maioria deles era uma variação de algo como esse:
Ou esse:
Ou esse:
Entende o que eu estou querendo dizer?
Essa cultura de que a mulher precisa arrastar o homem até o altar, em uma antítese à (também horrível) imagem de um homem das cavernas puxando uma mulher pelos cabelos até uma caverna, é, além de bizarra, degradante.
E não digo aqui só para a noiva, mas para a instituição "casamento".
Eu não acho que exista nada exatamente sagrado em um casamento. Ele é um contrato, um acordo entre duas partes, destinado a um fim comum - em uma época não muito antiga, ele era um contrato entre famílias.
Como todo contrato, ele precisa ser celebrado de livre vontade, sob pena de já nascer viciado.
Agora me conta: como raios alguém gostaria de entrar em um contrato, que dirá um casamento, com um parte que está lá contra a sua vontade? Qual é a chance disso dar certo?
Um conselho (de alguém que, por sinal, não planeja em casar): só case com alguém que esteja tão empolgado quanto você com essa possibilidade.
Depois disso, só tenho mais uma coisa a dizer:
"
Por que eu sou mulher, esperam que eu almeje o casamento. Esperam que eu faça as escolhas da minha vida sempre pensando que o casamento é o mais importante. Que o casamento é fonte de alegria, amor e suporte mútuo. Mas por que ensinamos as meninas a sonharem com casamento e não ensinamos o mesmo aos garotos?" [Trecho do discurso de Chimamanda na música Flawless de Beyoncé: (Fonte: Empodere Duas Mulheres)]